Segundo o documento “Que tipo de Estado? Que tipo de igualdade?”, apresentado no evento, as mulheres latinoamericanas e caribenhas, além de se dedicarem mais tempo ao trabalho doméstico não remunerado do que os homens, ainda possuem uma carga total de trabalho, incluindo as atividades remuneradas, maior do que a deles.
No Brasil, as mulheres se dedicam 56,6 horas por semana ao trabalho total, e os homens, 52 horas. No México, a diferença é muito maior: 76,3 horas é o tempo que elas destinam ao trabalho total, enquanto eles trabalham 58,4. Ainda assim, de modo geral, o sexo feminino sofre mais discriminação no ambiente profissional, continua ocupando postos de menor remuneração e recebe salários menores para trabalhos de igual valor – em 2008, a renda média das mulheres correspondia a 79% da renda masculina. O desemprego também afeta mais a elas: são 8,3% contra 5,7%.
A Secretária Executiva da CEPAL – Comissão Econômica para a América Latina, Alicia Bárcena, observou que Estados, mercado e famílias precisam encontrar novas soluções para o trabalho doméstico não remunerado, aumentando seu valor social e econômico.
O documento propõe um novo pacto social de redistribuição do trabalho total entre homens e mulheres, para que o acesso feminino ao mercado de trabalho seja igualitário.
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