"Nós nos esquecemos de como esperar; este é um espaço quase abandonado. No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é nosso maior tesouro. A existência inteira espera pelo momento certo. Até as árvores sabem disso - qual é o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao céu. Também nessa nudez elas são belas, esperando pela nova folhagem com grande confiança de que as folhas velhas tenham caído, e de que as folhas novas logo estarão chegando. E as folhas novas começarão a crescer. Nós nos esquecemos de como é esperar: queremos tudo com pressa. Trata-se de uma grande perda para a humanidade... Em silêncio e à espera, alguma coisa dentro de você vai crescendo - o seu autêntico ser. Um dia ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira é estilhaçada: você é um novo homem. E esse novo homem sabe o que é uma cerimônia, esse novo homem conhece os sumos eternos da vida”.
Quanta sabedoria revelada nestas palavras. Há momentos em que a única coisa a fazer é esperar. A semente já foi plantada, a criança está crescendo no útero, a ostra está cobrindo o grão de areia, transformando-a em uma pérola.
No comentário sobre a carta da paciência no taro de Osho vamos encontrar o seguinte conselho: “Esta carta nos lembra de que este é o momento em que tudo o que se requer é manter-se simplesmente atento, paciente, à espera. A mulher retratada na carta está justamente nesta atitude. Satisfeita, sem sinais de ansiedade, ela esta apenas à espera. Ao longo de todas as fases da Lua que se sucedem no alto, ela permanece paciente, tão sintonizada com os ritmos da Lua, que quase se confunde com ela. A mulher sabe que é uma época para permanecer na passividade, deixando que a natureza siga o seu caminho. Não está porém, com expressão de sono, nem indiferente; sabe que é tempo de se preparar para alguma coisa importante. Trata-se de um período repleto de mistério, como as horas que antecedem o amanhecer. É um tempo em que a única coisa a fazer, é esperar”!
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