Pesquisando artigos para uma matéria que escrevi sobre relacionamentos humanos tive acesso a alguns estudos sobre namoro e saúde.
Sem ser clichê, esses estudos foram realizados por diversas entidades e organizações através de pesquisas onde uma nova corrente de estudiosos chama a atenção para os benefícios de dar e receber afeto diariamente, em tempos de sexo sem compromisso e relacionamentos instáveis, distantes ou pela web.
Segundo os especialistas, o bem-estar proporcionado por uma união de cumplicidade diária diminui o estresse, dá uma força ao sistema imunológico e ainda garante mais disposição para as outras atividades do dia-a-dia.
A frase do escritor francês Jean Anouilh "Amar é, acima de tudo, dar um presente a si mesmo", desencadeou vários estudos ligados às áreas da Medicina e da Psiquiatria, onde profissionais têm se esforçado para provar que a frase não só faz sentido como deve servir de incentivo para que os casais namorem mais, todo dia, e melhor.
A socióloga e educadora Silvana Barolo, que atua na área de RH, tratando com especial cuidado a questão da afetividade e da sexualidade, fundou a ONG S.A.B.E.R. - Saúde, Amor, Bem-Estar e Responsabilidade - www.ongsaber.org.br com objetivo de alertar a sociedade sobre a importância de dar atenção a essas áreas específicas do desenvolvimento humano.
Ela defende que, para garantir boa saúde, é preciso dedicar-se mais ao namoro.
No livro Namoro é saúde, do qual Silvana é co-autora, ela diz que gastamos 99% do nosso tempo com os compromissos profissionais ou com as outras atividades que fazem parte da rotina - como cuidar dos filhos e administrar a casa. Sobra muito pouco para a afetividade e a sexualidade.
Outro estudo que têm se dedicado a provar que o afeto realmente traz benefícios tanto à saúde física quanto à mental foi através da pesquisa recém-divulgada, e conduzida por uma equipe de neurocientistas da Universidade de Virgínia, nos EUA. Ela oferece indícios claros de que um simples toque da pessoa amada pode reduzir sensivelmente as reações de estresse do organismo diante de uma situação inesperada.
O experimento envolveu 16 casais e, para a realização do teste, as mulheres entraram em tubos de ressonância magnética e suas imagens cerebrais foram monitoradas enquanto recebiam uma leve descarga elétrica no tornozelo. A resposta natural do organismo foi o aumento da atividade cerebral nas regiões que envolvem as emoções de dor e medo.
Num segundo momento, os especialistas analisaram as reações dessas mesmas mulheres ao sentirem que seus parceiros as seguravam pelas mãos. O exame mostrou baixa significativa nas respostas negativas antes desencadeadas pelo corpo.
Conclusão: o toque de uma pessoa com quem se tem uma relação de afeto é capaz de diminuir a atividade dos hormônios relacionados ao estresse, melhorando, até mesmo, a capacidade de reação do sistema imunológico.
Enfim, pessoas que se sentem amadas e queridas respondem melhor às situações de estresse e, com isso, se mostram mais resistentes a doenças.
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