Gostei tanto que resolvi ir atrás do tal Jacob Riis, que francamente, não conhecia. E para a minha grata surpresa, adorei conhecê-lo!
Fui em busca de seus pensamentos filosóficos, mas o que achei foi até mais interessante.
Esse simpático senhor dinamarquês, nasceu em 1849 e morreu em 1914. Ficou marcado na história como um dos fundadores do fotojornalismo e de toda uma escola de profissionais empenhados em usar a fotografia para intervir sobre a realidade social. Além disso, também foi pioneiro no uso do flash na fotografia.
Influenciado por seu pai a ler e aprender inglês, esperando que tivesse uma carreira literária (mas na verdade sua vontade era ser carpinteiro), aos 21 anos foi arriscar sua vida nos EUA, e ela lhe colocou (depois de três anos pelejando) numa agência de notícias, a New York Evening Sun. Trabalhou também como editor em dois pequenos jornais da cidade, e, quatro anos depois, tornou-se repórter policial do New York Tribune. Durante esse tempo como repórter policial, Riis conheceu as favelas mais violentas e pobres da cidade e pôde escrever relatos em primeira mão das indignidades e injustiças na vida dos imigrantes que lá se encontravam.
Através de suas próprias experiências, ele decidiu fazer a diferença com seu estilo de escrita melodramático, tornando-se um dos primeiros jornalistas reformistas, que não apenas registravam os acontecimentos, mas usavam seu trabalho como ferramenta de mudança social.
“...pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade.” Efésios 5:9b |
Empenhado em mostrar a miséria humana recorreu à fotografia e documentou, durante cerca de 10 anos, favelas e guetos de imigrantes em condições deploráveis, espalhadas por Nova York. Suas fotos, chocantes para a época, ajudaram a mobilizar a opinião pública em favor de leis relativas à educação, trabalho e moradia e em 1884 formou uma comissão para tratar dos problemas dessa miséria social.
Compadecido com a miséria e sofrimento humano que fotografava, Riis encontrou na religião uma forma de levar a essas pessoas crença e fé através de ações comunitárias. Como professor de uma escola dominical, ele incentivava seus alunos a se envolverem em atividades que auxiliassem na redução dos problemas enfrentados pelos trabalhadores pobres e imigrantes de Nova York.
Foi dessa forma que ele acabou usando a fotografia para documentar as condições de vida nos bairros mais pobres da cidade, chamando a atenção inclusive do ex-presidente Theodore Roosevelt, que ficou afetado pelo seu senso de justiça, depois de ler sobre as suas exposições.
Daí nasceu uma amizade entre eles, levando Roosevelt a dizer: “eu sou tentado a chamá-lo de ‘o melhor americano que eu já conheci’, embora ele já fosse um jovem quando veio da Dinamarca para cá”.
"Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". João 8:12 |
Suas imagens publicadas na época causaram um forte impacto sobre a opinião pública. Seu primeiro
livro, How the Other Half Lives (Como a outra metade vive), foi
publicado em 1890, sendo até hoje um documento comovente do sofrimento
humano. Como a pobreza nunca acabou, também o trabalho de Riis nunca
teve pausa. Ele seguiu fotografando e escrevendo sempre sobre o mesmo
assunto, até morrer aos 65 anos vítima de um ataque cardíaco. Deixou
mais de uma dúzia de livros publicados e o seu nome na história da
fotografia, mostrando que a fé sem obras é morta.
“...mas
dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas
obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. Tiago 2:18
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