“Por ser um programa sem roteiro”, disse Pedro Bial, os candidatos “às vezes fazem afirmações impensadas”. Que tipo de afirmação, Bial? O apresentador não disse, mas observou: “Não representam a posição da Globo”. Em relação ao quê, Bial? O apresentador não ousou dizer o nome, mas deu uma pista: a programação da emissora é orientada pelo “respeito à diversidade e a repulsa ao preconceito”.
Nunca na história de um programa de entretenimento, a Globo se viu obrigada a dirigir-se ao público de forma tão defensiva, pedindo desculpas pela insensatez dos “heróis” de Bial e Boninho. Teria ficado melhor na voz de William Bonner, mas o Chacrinha do BBB saiu-se bem, imprimindo um tom sério e grave ao “editorial” da empresa.
Para confundir ainda mais a cabeça do público, a dançarina Lia, assim que deixou o jogo, foi convidada por Bial a dizer o que ela mais desejava no momento: “Desejo que as pessoas vejam o BBB como a vida como ela é”. Boninho deve ter pulado da cadeira neste momento – afinal, o reality show global é apenas e exclusivamente um jogo, destinado a entreter o público e faturar.
Surpreendentemente, nesta reta final, nem como jogo o BBB está ficando de pé. Não vou me estender sobre a correria exibida nos últimos sete dias, dando a impressão que o objetivo é encerrar a brincadeira o quanto antes. Para muita gente é até um bálsamo saber que o fim está próximo.
Mas e o cuidado com a edição de coisas básicas? Num paredão entre Lia e Fernanda, Mr. Edição não mostrou uma única cena da conturbada relação das duas nestes 76 dias. Não seria interessante acompanhar esta historinha, marcada por alianças, depois desconfianças e, por fim, um ciúme violento de Lia? Não ajudaria o público a compreender o que estava em jogo na votação deste domingo?
A eliminação de Lia permitiu a Bial exercitar o sentimento que ele diz ser o mais importante em seu trabalho no BBB: a compaixão. Foi, de fato, comovente ver o apresentador consolando a dançarina, logo depois de termos ouvido Lia dizer que era uma pessoa muito solitária antes de entrar na casa e não é mais, depois de conhecer Cadu e Dourado. A vida como ela é...
Nunca na história de um programa de entretenimento, a Globo se viu obrigada a dirigir-se ao público de forma tão defensiva, pedindo desculpas pela insensatez dos “heróis” de Bial e Boninho. Teria ficado melhor na voz de William Bonner, mas o Chacrinha do BBB saiu-se bem, imprimindo um tom sério e grave ao “editorial” da empresa.
Para confundir ainda mais a cabeça do público, a dançarina Lia, assim que deixou o jogo, foi convidada por Bial a dizer o que ela mais desejava no momento: “Desejo que as pessoas vejam o BBB como a vida como ela é”. Boninho deve ter pulado da cadeira neste momento – afinal, o reality show global é apenas e exclusivamente um jogo, destinado a entreter o público e faturar.
Surpreendentemente, nesta reta final, nem como jogo o BBB está ficando de pé. Não vou me estender sobre a correria exibida nos últimos sete dias, dando a impressão que o objetivo é encerrar a brincadeira o quanto antes. Para muita gente é até um bálsamo saber que o fim está próximo.
Mas e o cuidado com a edição de coisas básicas? Num paredão entre Lia e Fernanda, Mr. Edição não mostrou uma única cena da conturbada relação das duas nestes 76 dias. Não seria interessante acompanhar esta historinha, marcada por alianças, depois desconfianças e, por fim, um ciúme violento de Lia? Não ajudaria o público a compreender o que estava em jogo na votação deste domingo?
A eliminação de Lia permitiu a Bial exercitar o sentimento que ele diz ser o mais importante em seu trabalho no BBB: a compaixão. Foi, de fato, comovente ver o apresentador consolando a dançarina, logo depois de termos ouvido Lia dizer que era uma pessoa muito solitária antes de entrar na casa e não é mais, depois de conhecer Cadu e Dourado. A vida como ela é...
Mauricio Stycer é repórter especial e crítico do UOL.
Agora vamos torcer pra Fernandinha, mocinha bonitinha, comportada, educada!!!!!