03 março 2009

“Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo”




A crise chega para enxugar excessos, mudar conceitos e inspirar frugalidade.

A nova onda encolhe até o guarda-roupa, no melhor estilo menos é mais.

Navegue sem medo nessa onda que, pode crer, traz a reboque um jeito mais suave de viver......


Atire a primeira pedra quem nunca afogou as mágoas ou celebrou uma vitória se dando um presente, em geral, algo desnecessário, quase inútil.


Comprar é o esporte predileto do planeta. “Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo”, zombava o jornalista Millôr Fernandes a respeito do consumismo exacerbado.


A revista Mad Magazine resumiu numa frase de um artigo recente a atitude dos americanos: “A única razão por que uma família de classe média não possui um elefante em seu quintal é porque esse ‘produto’ nunca foi ofertado nos supermercados numa promoção vantajosa”. Piadas à parte, o maior problema é quando se busca aí a solução para angústias. “Comprar não resolve questões da alma"", mas consumir acabou virando sinônimo de prazer.


Vestidinho, tela plana, viagens, comida – varia o objeto, mas fontes de satisfação provisória podem se tornar um vício. O remédio? Uma trabalhosa dose de autoconhecimento que dissolva essa ilusória busca de alívio. Conversar, ler, passear, ver a cidade, andar a pé, frequentar parques.... temos de descobrir novas possibilidades!

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