28 maio 2008

FAMÍLIA

Recebi este texto que fala sobre a relação pais x filhos na atualidade e achei bem interessante, por isso resolvi passar a todos os pais que eu conheço e publicá-l0 aqui no Blog.


'Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos pais. E, com o esforço de abolir os abusos do passado, somos pais mais dedicados e compreensivos. Mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história. O grave é que estamos lidando com filhos mais 'espertos', ousados, agressivos e poderosos do que nunca.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E, o que é pior, os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.

Na medida em que a permissividade substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam às suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E, bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.

Mas, na medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem o amor de seus filhos e, ainda que pouco, respeito. São os filhos quem, agora, esperam o respeito de seus pais, que suas idéias sejam respeitadas, bem como seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, esperam que os pais os patrocinem no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer: os papéis se inverteram e, agora, são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e 'tudo dar' a seus filhos.

Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado deixou os filhos com medo de seus pais, a debilidade do presente os enche de menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.

Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca. Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas porque vamos à frente, liderando-os e não atrás, carregando-os e rendidos à sua vontade.

É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e no tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.

Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito.'


Dizem que este texto é de Monica Monasterio (Madrid-Espanha)
Se o for, ótimo. Se não, parabéns ao Autor Desconhecido que o redigiu.

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