02 fevereiro 2010

Inovação requer competência


A Sociedade Copenhague para os Estudos do Futuro – entidade que monitora influências futuras, identificou há alguns anos que vivemos a Era do Ser Criativo. Inicialmente pode parecer lugar comum, à medida que inovação e criatividade integram o rol de virtudes que nenhum profissional em sã consciência considera dispensável.

Na prática do universo corporativo, porém, poucos conseguem de fato transgredir fronteiras para propor idéias e projetos inovadores, assumindo uma lógica de raciocínio criativa como os móveis criados pelos Irmãos Campana que ilustram este post.

Este tema integra a galeria das incongruências humanas – em que separamos a atitude do discurso. Todos consideram a inovação importante, mas defendem estratégias, ações, projetos e caminhos que proporcionem segurança – aquela que é resultado de caminhos conhecidos, práticas setoriais e da experiência anterior.
A inovação requer uma competência: a decodificação de descontinuidades, ou seja, a capacidade de extrair da profusão de informações e estímulos que a sociedade do excesso nos impõe, aquelas que criam novas perspectivas.

E como observar novos ângulos se recebemos os mesmos estímulos? Lemos os mesmos estudos setoriais, participamos dos mesmos eventos que nossos concorrentes, estamos focados apenas no setor de atuação de nossa empresa, lemos as mesmas revistas, censuramos e boicotamos os que pensam diferente. No final das contas, analisamos os cenários para confirmar nossas teses sobre o universo. A mesmice é o produto. Não é possível ser diferente sendo igual, agindo igual, pensando igual.

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