23 agosto 2009

Afeganistão: aberto ao mundo via web

O Afeganistão permanece como uma terra de mistérios para muitos ocidentais. Ainda ocupado por uma parcela das tropas americanas, o país tenta estabelecer sua frágil democracia e deixar para trás o passado recente de dominação do regime talibã. Uma iniciativa francesa promete ajudar nessa inserção da nação na dinâmica tecnológica e cultural do mundo globalizado.

A ação se concretizará por meio de um museu virtual dedicado à arte e à cultura milenar dos afegãos. A previsão é que o portal seja lançado em 2010 e poderá ser acessado em quatro idiomas: persa, pachto, inglês e francês. Os organizadores declararam que o objetivo principal do site é manter os jovens afegãos em contato com a memória de sua terra-natal.

O "Museu da civilização afegã" exporá virtualmente obras criadas ao longo de 5.000 anos. São relíquias disseminadas em coleções pelo mundo, que estarão reunidas em um só espaço. Arquivos também farão parte do acervo, entre eles os budas gigantes de Bamiyán, que foram destruídos pelos extremistas talibãs.

O projeto foi criado pela organização Afghanculture, baseada na França – um dos países europeus com o maior número de imigrantes afegãos. O design do museu virtual é do arquiteto francês Yona Friedman (projeto seu na foto acima) e terá mapas com os nomes das cidades afegãs, ao redor dos quais será organizada a exposição das obras e a informação sobre sua importância na história da arte.

A empreitada de selecionar e organizar as obras de arte ficou a cargo de grandes especialistas em cultura afegã, entre eles Pierre Cambon, conservador do museu Guimet de Paris, Zemaryalai Tarzi, arqueólogo afegão que trabalha em Estrasburgo e Ustad Mohammad Raonaq, lingüista.

O novo site promete ser uma boa surpresa para todas as pessoas interessadas na rica cultura dessa nação tão diversa e tradicional, influenciada por iranianos, britânicos, russos e chineses.

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