15 março 2011

Mawlānā Jalāl-ad-Dīn Muhammad Rūmī

Hoje lendo poesias sufis fiquei com vontade de escrever sobre Mawlānā Jalāl-ad-Dīn Muhammad Rūmī, também conhecido como Mawlānā Jalāl-ad-Dīn Muhammad Balkhī, ouapenas Rumi, o poeta do amor!
Djalal ad-Din Rûmi nasceu em setembro de 1207, onde hoje está o Afeganistão. Passou pelo Irã e viveu em Konia, na Turquia. Foi o maior dos místicos islâmicos e extraordinário poeta persa de todos os tempos e sua vasta obra é composta por 70.000 versos. 
Fundou a Ordem Sufi Mevlevi, uma corrente espiritual mística do Islam. Leitor ávido das obras dos autores clássicos, compreendeu exaustivamente todos os aspectos da Filosofia. 
Morreu em 1273, em Konia, onde foi construído um mausoléu sobre o seu sarcófago. 
Desde então, aquela noite foi chamada Şeb-i Aruz (Noite da União) e os Derviches Mevlevi (sufis), conhecidos hoje como os Derviches Dançantes, dão espetáculos de Sema - um rito de recitação conjunta tradicionalmente executado na Semahane. Simboliza atingir vários níveis de união mística com Deus e de absoluta perfeição, através do fervor espiritual e do êxtase controlado. 

A poesia de Rumi fala de amor, não desse amor pequeno e fugaz que testemunhamos nas relações de hoje, mas de um amor maior. Maior que a terra, mais profundo que o oceano, mais quente que o sangue que corre em todas as veias. 
Um amor espiritual que transcende o tempo, a vida e a morte. 


Aos 30 anos de idade Rumi conheceu seu guia espiritual Shams de Tabriz. 
Shams era um homem de 60 anos à época, um marginal sem casa, sem futuro, sem medo e sem rumo. Seu apelido era “pássaro”, pois era incapaz de permanecer por muito tempo em um único lugar. Shams pregava pelas ruas sua verdade espiritual.
Shams e Rumi passaram meses isolados em comunhão espiritual. O amor que ele pregava era maior, incapaz de conter preconceitos, dogmas inflexíveis, punições. 
A poesia de Rumi é carregada de beleza terrena e divina, onde se é permitido amar, beber, viver e entregar-se ao amado.
Para ele a vida só tem sentido para quem sabe amar. 
Só quem ama conhece a imensa alegria e a profunda dor. Quem ama é do amor prisioneiro e senhor. Somente aquele que ama pode expor-se ao meio-dia sem queimar-se.


"O teu amor veio até meu coração e partiu feliz. Depois retornou, vestiu a veste do amor, mas mais uma vez foi embora. Timidamente lhe supliquei que ficasse comigo ao menos por alguns dias. Ele se sentou junto a mim e se esqueceu de partir"



Um comentário:

Enide Santos disse...

Parabéns maravilhoso espaço adorei a leitura, obrigada.