23 novembro 2011

Então, Almitra disse: “Fala-nos do amor”

E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão,
e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.

11 novembro 2011

10 novembro 2011

The One-Page Magazine

O diário americano The New York Times estreou recentemente uma seção inusitada em sua edição dominical. A The One-Page Magazine é, como o nome já diz, uma revista de uma só página composta por vários artigos curtos.

De acordo com o veículo, a ideia é que os textos, com até 150 palavras, sejam de leitura rápida. Entre outros, são publicados no espaço colunas de opinião, perfis, notas curtas, dicas de livros e até mesmo pequenos infográficos. A nova seção pode ser lida tanto na edição impressa, quanto online.

17 outubro 2011

Inspiração......

Sempre me surpreendo e me encanto com a capacidade do ser humano de se regenerar, de se reinventar.....Porque todo amor parece sempre o primeiro.....Deixo aqui o depoimento que me inspirou a escrever isso...
 

“Caramba! Vale a pena. É bom estar assim, é bom frio na barriga, é bom ver arco-íris, é bom pedalar mais rápido, é bom estar nas nuvens... Se ela vai se assustar com tanta confissão? Sabe, posso desaparecer no próximo minuto, como as pessoas que estavam indo pro trabalho de manhã no metrô de Londres... Então, que fique assustada; que saiba o impacto que está causando! O que interessa agora (egoisticamente pensando) é que não existe nada que me impeça, nenhuma situação embaraçosa, nenhum caso mal resolvido, nadinha mesmo... que me impeça de sentir tudo o que está acontecendo, mesmo que termine, ou melhor, "não" termine em pizza..."
É isso... a coragem de se atirar ao seu próprio coração, ‘egoisticamente pensando’, e simplesmente viver intensamente seus sentimentos... Para terminar descobrindo, enfim, que amar e ser amado são contingências de escolhas pessoais, suas, sempre suas!

28 setembro 2011

É Primavera em mim

TEMPO DE CELEBRAR
Sexta-feira passada foi um dia especial, que merecia algum tipo de celebração. Primavera é tempo de florescer, de plantar, de brincar, de se renovar. Desde o momento em que me levantei, tive a sensação de que o dia merecia algum tipo de celebração. É engraçado, mas a maioria de nós acorda e vai dormir sem ter parado uns poucos instantes para observar o dia, a luz do sol desenhando sombras delicadas por entre as árvores, a brisa fresca carregando folhas e sementes, o som dos pássaros, a terra seca há semanas, pedindo chuva…
Já fazia uns dias que eu vinha contemplando o fim do inverno, despedindo-me dele, ao mesmo tempo em que agradecia à estação do recolhimento, da introspecção, das reflexões. Por isso, o primeiro pensamento que tive naquela sexta-feira foi: hoje começa a Primavera! Oba!
E tive, então, vontade de agradecer, de comemorar, de sair contando a todo mundo. Até fiz isso com uma ou outra pessoa, mas ninguém pareceu dar muita importância…
Mas para mim era diferente. Não sei explicar muito bem, mas senti de repente uma conexão profunda com o planeta e com os sábias cantando mais do que de costume desde a madrugada.
Havia, sim, uma luz diferente no céu. Tudo parecia mais iluminado, colorido.
Foi então que um vento forte começou a soprar na cidade e, em poucos minutos, a paisagem era outra: o céu estava nublado e havia nuvens escuras, carregadas.
Esperei pela chuva e, quando ela chegou, descobri de imediato como celebraria a chegada da Primavera…
Talvez você ache este post meio banal. Mas para mim, que nos últimos anos fiz uma série de mudanças de ritmo para poder curtir mais a natureza, entender seus ciclos e a influência que eles têm em mim, poder simplesmente parar numa tarde de sexta-feira para tomar chuva é incrível, maravilhoso, impagável.
No fundo, todas as escolhas que fiz (e continuo fazendo) para reduzir meu impacto sobre a Terra (trabalhar em casa, mudar de cidade, morar numa ecovila, comer em casa, fazer compostagem etc.) levam a um caminho que só agora me dou conta, mais plenamente: sincronicidade com os ritmos da natureza.
Quando estamos na cidade grande, trabalhando num escritório com ar-condicionado e luz artificial o tempo todo, o que acontece fora do prédio parece não nos tocar. Na hora do almoço ou na saída, a chuva, o vento gelado ou o calor forte são sempre um problema. Dificilmente conseguimos notar as novas flores de ipê, a grama mais verdinha ou o cheiro de terra úmida.
As estações entram e saem despercebidas e, em geral, somente são notadas quando algo de muito estranho acontece, como um veranico em julho ou um dezembro muito seco. (Se bem que agora tudo é pretensamente explicado como mais um fenômeno das mudanças climáticas…)
Não precisa ser assim. Mais do que técnicas e soluções mirabolantes, se o caminho que você anda trilhando aponta para uma vida mais sustentável, aos poucos você irá perceber mais e mais – e com todos os sentidos – cada uma das quatro estações.
Primavera é tempo de florescer, de plantar, de brincar, de se renovar.
É mais um tempo dentro do tempo da gente, de noites e dias, de luas novas e cheias, de pensar e agir, dormir e acordar, rir e chorar, menstruar, amar, envelhecer.
Permita-se sentir a primavera dentro de você!

Planeta Sustentável! Gaiatos e Gaianos

11 setembro 2011

sobre borboletas....



....A Borboleta.... símbolo da alma! da mesma forma que esta abandona a crisálida para voar, o espírito também se liberta do corpo físico para ganhar espaço infinito. Representa ainda o renascimento e a imortalidade. No Japão, é associada à mulher... a metamorfose do seu ovo para lagarta, desta para crisálida e, seguidamente para borboleta, indica as etapas da nossa alma para atingirmos a iluminação.
A Borboleta simboliza a mudança...
“O poder da borboleta é como o ar, é a habilidade de conhecer a mente e de mudá-la, é a arte da transformação”
Criar, transformar, mudar e ter coragem de aceitar!



24 agosto 2011

sobre essa felicidade exagerada que circula por aí.....

e que esconde no fundo uma profunda solidão!
!




.......O mundo da emoção não aceita atos heróicos tais como: "De hoje em diante acordarei bem-humorado", "Daqui para frente serei uma pessoa calma", "De agora em diante serei uma pessoa feliz, comalto astral e cheia de auto-estima". Grande engano! No calor da segunda-feira todas essas intenções se evaporam... Ao mundo da emoção as palavras-chaves são "treinamento" e "educação". Você precisa treinar sua emoção para ser feliz. Você precisa educá-la para superar as perdas e as frustrações. Caso contrário, sua emoção nunca será estável e nem capaz de contemplar o belo nos pequenos eventos da rotina diária. Você contempla o belo? Pisou nesta Terra um excelente mestre da emoção. Ele conseguia erguer os olhos e enxergar o belo num ambiente de pedras e areias. No auge da fama e sob intensa perseguição, ele fazia pausas e dizia: "Olhai os lírios do campo." Somente alguém plenamente feliz e em paz é capaz de gerenciar seus pensamentos e fazer de uma pequena flor um espetáculo aos seus olhos.... Augusto Cury


15 agosto 2011

ela tem 80 anos, filhos, netos, bisnetos e NENHUM arrependimento....exemplo de vida!

ler a mulher paulistana não é tarefa fácil...mas ele conseguiu!


A Gatora de São Paulo
Por Marcelo Rubens Paiva


Existem mais de cem tons de cores. Mas prefere o preto.
Cítricas?
Só quando vai à praia.
E costuma cobrir suas pernas esticadas, finas, com meias pretas.
Usa botas. Não existe mulher que se veste melhor do que as paulistas. E que saiba qual bota escolher e como andar sobre elas.
Sabe o equilíbrio entre o moderno e o convencional. Senso estético apurado. Dona do seu próprio estilo.
A paulista não anda, caminha apressada. Vem e passa. Sem balanço. Sem mar para ir atrás. Moça do corpo pálido. Saturado pela pressa. Beleza que passa sozinha.
Não faz questão de chamar atenção.
Nem tanta questão de ser gostosa, mas magra.
Sempre de dieta.
Sempre em guerra contra a balança.
Malha para se afunilar. Intensamente, pois sabe que a gastronomia da cidade é uma tentação. Massas, pizzas, doces, sorvetes, doces, nhá benta, tesão…
Academia?
Prefere pilates, que estica até o limite das juntas, quase rasga em duas.
E corre, se quer emagrecer urgentemente.
Olhando o chão, pois já tomou muitos tombos por causa das calçadas irregulares da cidade, uma anarquia de desníveis, pedras, buracos, pisos sem um padrão seguro para o seu caminhar apressado de botas, meias e pernas finas.
Rebolar?
Fora de questão.
Olha para o chão e se lembra do que esqueceu, do quanto falta, do que faz falta, do que está errado.
A garota de São Paulo é perfeccionista, gosta de estar ajustada, como as engrenagens de uma indústria. Quer a precisão da esteira de uma linha de montagem.
Passa e olha para o chão, pois pensa nas atividades, nos prazos atrasados, nos compromissos da semana, na agenda do mês.
A garota de São Paulo leva uma vida saudável. Procura comer verduras sem agrotóxico.
Leite?
Desnatado.
Carne vermelha?
Eventualmente.
Carboidrato à noite?
Nem pensar.
O pão tem que ser integral. Linhaça e aveia no café da manhã? Obrigação. Café descafeinado. Chás. Queijos brancos, magros.
Nada industrializado, a não ser a caixa de Bis, que detona algumas vezes em certos períodos, que por vezes tem o intervalo longo, mas quando se torna um vício, chora, porque algo deu errado, desembrulha e engole cada Bis, como se nele a explicação das incoerências.
Recicla o lixo.
Toma remédios para dormir. Toma excitantes para acordar. E aguentar a jornada.
Ela é ambiciosa, trabalha demais, em mais de um emprego, pensa em dez coisas ao mesmo tempo, procura conciliar a organização do lar com a de fora dele.
Ama e odeia o chefe.
Ama e odeia o trabalho.
Sabe que ele dá a independência para ser a moça que quiser, mas também tira o tempo de ser a moça que queria ser.
Metade dela sofre o descarte para a outra parte florescer.
Adora elogios.
Odeia galanteios.
Adora presentes.
Detesta insistentes.
Quer ser cortejada.
Jamais abusada.
Sorri quando assopram um elogio. Fecha a cara quando ultrapassam o limite da sua intimidade.  Preserva a privacidade.
Algumas querem ser chefe. Chefiar garotos de São Paulo. O que só dispara seu conflito maior, o de agregar. Terá que dar ordens, broncas, demitir, exigir, estipular metas, cobrar eficiência. E depois sozinha em casa chora no escuro ao som de Billie Holiday. Se sente pressionada, e ela não sabe por quê. A vida não faz sentido, e ela não sabe por quê.
Chora em comerciais da TV, cerimônias de casamento, em maternidades, quando visita as amigas, no farol, quando uma criança vende bala.
A garota de São Paulo dirige bem. O problema é que se maquia enquanto fala no celular e ultrapassa um busão articulado, aproveitando a brecha entre ele e uma betoneira lotada de concreto. E se esconde no anonimato do insufilm, muda a música do MP3 e, dependendo dela, canta sozinha em voz alta, para não ouvir impropérios.
Faz tanta coisa ao mesmo tempo…
Dirige bem, mas é dispersa. Pensa em vinte coisas em dez segundos. Nunca chega a uma conclusão.
Liga para a mãe semanalmente.  Troca poucas palavras com o pai. Detesta a esposa do irmão. E ama as amigas. Com quem viaja para a praia, para não ficarem um segundo em silêncio. Se o tempo não dá chances, prefere uma tarde na piscina do condomínio com as amigas do que encarar o parque lotado.
Se irrita com homens que falam de dinheiro. Se irrita com homens que contam vantagens no trabalho. Se irrita com homens grudentos, esnobes, arrumadinhos, fúteis, incultos, mal educados.
Gosta de homem interessante.
É assim que ela seleciona: os interessantes e os não.
O que é um homem interessante?
Nem se gravar o papo de seis horas na piscina com as amigas consegue-se descobrir.
Tem que ser aquele que chega e não dá bola. Mas que a repara bem antes de ir embora. Que olha como se ela fosse a mais fosforescente das mulheres. E que desse um jeito a todo custo de trocar meia dúzia de palavras e, claro, criar laços e conexões.
Mas se nada der certo, garotos, não esquentem a cabeça. A mulher de São Paulo sabe seduzir. Sabe olhar e demonstrar. Sabe chamar atenção e indicar que você foi o escolhido. Sabe sorrir, ser paciente com a sua demora, ouvir atentamente os seus devaneios e engasgos. E, quando parece tudo estar perdido, sabe dizer a hora de ir embora, como e sugerir na casa de quem.
A garota de São Paulo não enrola.
Quando não quer, deixa claro.
Quando quer, faz de tudo para acontecer.
E não tem o menor pudor de ir para a casa com você na primeira noite, preparar o café da manhã da primeira manhã, que logo, logo, ambos saberão se vai se repetir ou ser o único.
Pode deixar. Andando de volta para casa, com suas meias pretas e botas, olhando para o chão, ela pensará em você.
Tudo isso é uma generalização literária. Mas me dá licença, poeta, para uma licença poética, homenageando sem pedir licença a graça pragmática da mulher paulista.

10 agosto 2011

um novo amanhecer

DSC09573 by anapaulabasile
DSC09573, a photo by anapaulabasile on Flickr.

bizarro......

Bar neozelandês serve drink de sêmen de cavalo

Está na hora de pensarmos se não há algo de errado com as pessoas da Nova Zelândia: ao que parece, elas estão pagando muita grana para beber um drink com sêmen de cavalo. Steven Drummond, coproprietário do pub “Green Man”, em Wellington, Nova Zelândia, estava à procura de uma nova bebida para competir em um desafio alimentar anual, quando decidiu que o esperma colhido de um garanhão em uma fazenda cristã vizinha seria uma ótima escolha. Adicione um pouco de sabor de maçã e… Voilá! Você criou o drink mais nojento já servido em um bar.

A coisa mais estranha é que as pessoas realmente pagam muito dinheiro para experimentá-lo. Se alguém lhe tivesse pagado para beber sêmen de cavalo, poderíamos até perdoá-lo, mas quando é você que paga 20 dólares (mais de 30 reais) por um shot dessa coisa, é um problema.
De acordo com chefe de cozinha do pub, Jason Varley, a bebida conhecida como “Hoihoi tatea” é particularmente preferida pela clientela feminina.
A maioria das mulheres experimenta e depois faz piadas sobre ir para casa e fazer seus maridos comerem grama, ou sobre a possibilidade de seus filhos nascerem com faces longas. É…
Jason admite que já experimentou o sêmen e que seu gosto é “ok”, “como um manjar”, mas não é muito popular entre os homens, em geral.
Apesar de possíveis benefícios à saúde – acredite se quiser, os níveis de testosterona aumentam quando se bebe sêmen, devido ao hormônio DHEA – nenhum dos clientes que experimentou o “Hoihoi tatea” voltou para tomar um segundo shot.
Na realidade, o pessoal do bar até aconselha os clientes a beberem o drink em um só gole, ao invés de tentar apreciá-lo como um delicioso coquetel.
Aliás, se sua intenção for degustar o sêmen de cavalo com sabor de maçã, sugiro que reserve o próximo voo a Nova Zelândia disponível: o shot só estará disponível até o dia 3 de setembro, quando o desafio alimentar termina.

abelha fazendo o mel.......


21 julho 2011

Louise Bourgeois: O Retorno do Desejo Proibido


Traduzir em uma palavra a exposição de Louise Bourgeois, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, é impossível. A que chega mais perto, no entanto, é potência. Potência de vida, das inquietações do inconsciente e dos traumas mais aparentes transfigurados em arte. 
Com curadoria de Philip Larratt-Smith, a mostra intitulada “Louise Bourgeois: O Retorno do Desejo Proibido” é a maior já realizada no país, reunindo 112 obras, produzidas entre os anos 1942 e 2009, e fala sobre a relação do trabalho da artista com a psicanálise.
Nacida em Paris, em 1911, e passando grande parte de sua vida em Nova York, Bourgeois é uma das mais importantes artistas do século XX. A dimensão autobiográfica, as fissuras do corpo e da mente e as relações familiares são o fio condutor de sua investigação, como na obra “Maman”, uma aranha gigante que representa a sua mãe e está em exposição permanente no MAM do Parque do Ibirapuera.
Para quem conhece a obra, ou conseguiu imaginar, o tom opressor é o que ronda seus arquétipos femininos, as fórmulas fálicas discutem a presença e o fantasma do pai (o Édipo não resolvido?) e o corpo nu expandem-se para as séries de esculturas em fibra de vidro, tecido, látex, couro, borracha e bronze. Este último, material escolhido para a fortíssima “Arco da Histeria” (1993), um corpo sem cabeça, em que as mãos e os pés quase se juntam em uma torção agonizante.
Em outra sala do Tomie Ohtake, o fôlego do expectador é novamente surpreendido com a instalação “Spider” (1997), em que outra aranha gigantesca fica suspensa sobre uma jaula que, entre outros objetos, abriga uma cadeira vazia.
Menos impactante em um primeiro olhar, mas de uma força imensa, são as séries em guache vermelho sobre papel, “A alimentação” (2008) e “Maman” (2009). Suportes novos na trajetória da artista, que tem as esculturas como sua principal forma de expressão. Tais pinturas mostram seios que amamentam, mas ao mesmo tempo sufocam e ameaçam.

Outra questão que essas séries trazem à baila é a vitalidade artística que acompanhou Bourgeois até o fim de sua vida (a artista faleceu em 2010, aos 98 anos), e o fato das inquietações sobre feminino e da maternidade permanecerem como algo em aberto.

“A arte é uma garantia de sanidade”, disse certa vez. Foi esta frase, e as muitas outras encontradas em escritos e correspondências datadas de 2004 a 2010, que revelaram a linha estreita de Bourgeois com a psicanálise e motivaram o curador Philip Larratt-Smith a escolher tal recorte para a exposição, que já passou pro Buenos Aires e depois segue para o Rio de Janeiro. Experiência catártica do fazer e do descobrir a obra de arte.

Serviço
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros - São Paulo - SP
Até 28 de agosto
Grátis

18 julho 2011

imperdível e exclusiva oportunidade de aprender algo!




Você certamente preferiria encontrar um príncipe a um sapo, não é? Claro, dentre os conceitos que definem um homem, o de príncipe é bem mais atraente e interessante do que o de sapo. O primeiro refere-se àquele gentil, carinhoso e romântico, enquanto que o segundo aponta para ...aquele esquisito, desatento e, por vezes, até irritante!
No entanto, como todo conceito fechado, este também merece uma reflexão, e o quanto antes, para evitarmos mais buscas ilusórias, expectativas frustradas e, por fim, desencontros desastrosos! Será mesmo que existem os homens que são príncipes e os que são sapos? Se sim, nesta mesma medida, deve haver então as mulheres que são princesas e as que são “pererecas”, certo? Não! Errado! Nem uma coisa, nem outra!
Podemos começar a desconstruir esse raciocínio admitindo que todos nós, tanto homens quanto mulheres, somos príncipes e princesas, mas também sapos e pererecas! Afinal, em alguns dias, estamos bem-humorados, divertidos, leves, atraentes e encantadores. Enquanto que, em outros, estamos tensos, tristes, impacientes e até repelentes.
Isto é ser gente. Existir em todas as possibilidades e nuances. Transitar entre a luz e a sombra e descobrir, neste caminho, a possibilidade de amadurecer e se tornar melhor. E tudo isso acontece inclusive enquanto nos relacionamos; enquanto buscamos um amor ou durante a vivência dele. E tudo bem... Não há nada de errado em se permitir ser tudo isso. O problema começa quando a permissão só é dada a si mesmo e não ao outro.
Pessoas que desejam encontrar e se relacionar somente com príncipes ou com princesas, que não conseguem acolher o sapo e a perereca que existe em cada homem e em cada mulher, certamente vai se decepcionar e amargar, repetidas vezes, aquela sensação de que sempre escolhe a pessoa errada. Será? Será mesmo que existem pessoas erradas e pessoas certas? Ou seria mais inteligente se encarássemos a todos com quem nos relacionamos como uma imperdível e exclusiva oportunidade de aprender algo novo?
Além disso, esta reflexão também pode ser um desafiante convite para que você exercite mais a sua porção príncipe ou princesa, exatamente como sabe fazer – e muito bem – toda vez que deseja conquistar alguém. Gentileza, carinho, atenção, paciência, saber ouvir, ceder, presentear, mimar, entre outras pequenas atitudes cativantes são sempre muito bem-vindas e fazem toda a diferença no seu dia-a-dia e no seu relacionamento, embora não eliminem definitivamente a sua porção sapo ou perereca!

No final das contas, o grande desafio do amor, para todos nós, é tentarmos, todos os dias, encontrar o equilíbrio na relação. Se seu par acordou sapo, calibre o ambiente com sua parte princesa e vice-versa. E lembre-se de que, como numa equação matemática, o mais importante é que, ao passar a régua, o saldo seja sempre positivo. E isso quer dizer que se você tem se relacionado mais como sapo ou perereca do que como príncipe ou princesa, algo precisa ser feito, urgentemente! Caso contrário, como se diz popularmente...
A fila anda... porque o reinado precisa funcionar.

07 julho 2011

Santiago de Chile

Estive no Chile em férias e comecei a escrever minhas impressões sobre essa viagem a esse país fantástico quando me deparei com esse texto bacana do Sérgio Vaz sobre Santiago de Chile .... só uma observação que discordo dele...eu não tenho vergonha da cidade onde moro!!!


Vale a leitura!

05 junho 2011

A cartilha de Tolstói

Escrevi ano passado aqui sobre Tolstói e recebi esse comentário essa semana da Regina Rousseau, escritora, poetisa e pedagoga, que merece a postagem! Uma honra pra mim!




A cartilha de Tolstói

Para ele, o povo simples das aldeias russas sabia, melhor do que ninguém contar histórias.
Liev, um nobre conde, acreditava que o critério da pedagogia concentrava- se na liberdade.
E utilizando várias concepções

rousseaunianas, funda uma escola em suas terras para os filhos dos colonos.
Mais tarde desenvolve uma nova maneira de ensinar, baseada em suas próprias experiências: Para ensinar sobre a natureza ele leva seus alunos ao campo.


Algumas vezes, à noite, aponta-lhes os nomes das constelações.
Seus alunos não levam lições para casa, podiam sentar-se 
em qualquer da sala de aula e escolher o assunto que queriam aprender.
Não havia lista de presença, notas, castigos, repreensões.

Para o mestre, ao conhecer a liberdade, o aluno desenvolveria 
sua personalidade, sendo capaz de improvisações criativas
durante a sua vida. Ele percebeu que as crianças interessavam-se
pelas lendas contadas com arte, do que por simples narrativas
de fatos históricos. Por isso, foi chamado de “o pedagogo do universo”,
pelo imenso e admirável legado de histórias, fábulas que nos deixou,
com toda mestria. Devemos todos ler a cartilha de Liev Tolstoi.

Para saber mais sobre Regina Rousseau
Crônica do Xico Sá na Folha.com de ontem...Imperdível!!! E é sim rapazes, isso que queremos!


Lenhador selvagem, sem perder a fofura jamais
Xico Sá

Sexta-feira aqui é dia de modos de macho & modinhas de fêmea. Educação sentimental, etiqueta sexual, amorosa etc etc.
Levanta-te e anda, meu rapaz, chega de comodismo e vamos tentar decifrar os enigmas das moças. É chegada a hora.
Estamos a 20 mil léguas submarinas de saber pelo menos dez por cento do universo delas.
Mas se oriente rapaz, essa de ficar a vida toda amparado na moleta freudiana -ninguém sabe o que quer uma mulher- é comodismo de Macunaemo, como denominamos esses moços, porbres moços, que têm a preguiça de Macunaíma e o chororô de um emo.
Sabemos sim um pouquinho do que querem as mulheres. E com algum esforço podemos aprender, como em um supletivo amoroso, muitos modos de agradá-las e cumprir parte da demanda. Elas merecem e este, afinal, é o grande desafio na terra de um homem de boa vontade. Só por esta causa já valeria a pena a existência. O que querem as mulheres? Entendemos a complexidade da clássica pergunta, remixada outro dia por uma boa série televisiva.
As mulheres querem que os homens adivinhem, sintam, farejem os seus desejos -e vontades avulsas- e antecipem essas realizações. Isso é o mais importante de tudo, meu jovem.
Bem-aventurados os que descobrem que elas estão a fim de uma viagem à montanha e levam-nas à montanha; bem-aventurados os que sabem que elas não agüentam mais aquele velho boteco sujo e levam-nas a um restaurante decente, dentro das posses, claro.
Bem-aventurados os que sabem que elas gostam de novidades e detestam quando os garçons nos dizem “o de sempre, amigo?” Essa confortável rotina é coisa de macho, ora bolas.
As nossas mulheres querem que tenhamos olhos só para elas. No que, aliás, foram contempladas biblicamente pelo décimo mandamento das tábuas da lei entregues por Deus a Moisés: não cobiçarás a mulher do próximo.
As mulheres querem que alternemos momentos de homens sensíveis e momentos de selvagens lenhadores. Pena é que costumamos inverter as coisas. Na gana da obediência e do agrado, somos lenhadores quando nos queriam sensíveis e vice-versa. Comédia de erros. Onde queres fofura, rock'n’roll...
As mulheres querem que reparemos no novo corte de cabelo, mesmo que a alteração tenha sido mínima, tipo só uma aparada nas pontas. O radar capilar tem que acender a luzinha, sem falha, na hora, se liga! Se for luzes, entonces, cruzes!!!
Mais óbvio ainda: as mulheres não toleram que viremos de lado e já nos braços de Morpheu depois da saudável prática da conjunção carnal. As mulheres querem carinho e entusiasmo, embora saibam que o único animal que canta e se anima depois do gozo é o galo, esse tarado pernalta incorrigível, incomparável.
As mulheres querem... massagem. Muita massagem. Primeiro nas costas, depois nos pés e sempre no ego.
As mulheres querem... molhinhos agridoces. Como elas se lambuzam lindamente!
As mulheres querem... flores e presentes. Não caia, jovem mancebo, nesse conto de que mulher gosta é de dinheiro. Se assim o fosse, amigo, os feios, sujos e lascados não teriam nenhuma, nunca, jamé. Repare que até debaixo do viaduto está lá a brava fêmea na companhia do miserável. Ela e o cachorrinho magro, só o couro, o osso e a fidelidade. O que vale é a devoção, amigo.
Mesmo que você seja mais liso que os mussuns do brejo, pobre de marre-marré, pode muito bem presentear uma bijuteria com a dramaturgia de uma jóia da Tiffany´s –vide “Bonequinha de Luxo”, o filme.
A lista continua... ao infinitum. Deixe também sua colaboração para o nosso breviário de entendimento das mulheres. Ajude o cronista a desvendar os lindos mistérios da cria das nossas costelas.
Afinal de contas, para que diabos estamos purgando sobre a terra?

o que leio por aí............

minimamente feliz

Conheci a Leila Ferreira, pessoa encantadora, de sorriso vasto, no sobe e desce dos andares da Marie Claire quando trabalhava na Editora Globo. Desde lá não larguei mais seus textos, e se tem uma coisa que ela sabe é a arte de ser leve e minimamente feliz! 





A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida. Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro. Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias. 'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular: 'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.
Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.
Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades. Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.

Leila Ferreira, jornalista

31 maio 2011

16 maio 2011

17 de maio, terça-feira, 8h 09min

No momento do Plenilúnio de Touro, começam a chegar peregrinos, homens santos e lamas.....
Com sua sabedoria, amor e conhecimento, formam uma muralha protetora para a nossa raça, tratando de guiar-nos da escuridão para a luz, do irreal para o real, e da morte para a
imortalidade.......

Despertar da Nova Consciência: PAXNEWS - TERÇA 17 DE MAIO FESTIVAL DE WESAK

elogie do jeito certo!

Recebi esse texto do Marcos Meier, mestre em Educação, psicólogo, professor de Matemática e especialista na teoria da Mediação da Aprendizagem em Jerusalém, Israel e todos os pais deveriam ler! 
Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos. O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” e outros elogios à capacidade de cada criança.
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” … e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência. As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis.

As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”.

As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um.

É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado. Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo… você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram… você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu vídeogame foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repetí-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é, amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos.
Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente. Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

faltava vc aqui.....

éh!

02 maio 2011

Lembra lá atrás?


Faça Amor, não faça a Guerra? Não sabiam como fazer esse "amor", e foram "produzí-lo" esquecendo que amor não se produz, só dá prá praticar quando se sente. Então quiseram amar com drogas e todo tipo de artifício, em cima da uma "liberdade"esquisita e suicida.
O melhor a oferecer na luta sanguinolenta pelo "Poder" é "Não Desejá-lo" e não sofrer por não tê-lo, em qualquer condição ou situação, mudarmos as nossas escolhas pessoais, abrirmos mão de alguns momentos que cobiçamos só para nossa conquista e dividí-los com quem precisa.
É suavizar a vida com boas palavras, boas músicas e tudo o que possa produzir uma sensação mais positiva, de paz, para nós mesmos e para quem estiver ao nosso redor. É praticar a caridade sigilosamente, fazer o bem sem ver a quem, independente do retorno, sem julgar e sem cobrar. Consolar a dor de alguém, para provocar nesse alguém, a sensação de que seja capaz de transformar tal dor.
Tá na hora de amar por conta própria, sem mutelas químicas, assumir essa fragilidade e sensibilidade e encarar que é uma das maiores dificuldades dessa vida o amar plenamente.
Amar exige muito mais coragem do que segurar uma arma. Amar é muito mais forte do que quem destrói. Amar nunca será colocar-se como superior diante de qualquer irmão, por escolhas diferentes das suas.
Amar é respeitar a compreensão de cada um sem imposição, somente pelo exemplos das suas ações. Amar não nos pertence como uma propriedade, valor ou carne. Amar pertence a existência que supera a própria morte.
Ore pelo Amor e espalhe !

O riso nos salva de nós mesmas...

Se eu tivesse que escolher hoje uma palavra, apenas uma, escolheria essa: DESCOMPLICAR!!!
Depois de infinitas (e imensas) conquistas, perdas, desafios, decepções, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza, não tenho mais idade e nem tempo para esperar coisas ou pessoas se resolverem, então vou me empenhar a exigir menos de mim mesma, cobrar menos,reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.
Mas há outras palavras que não podem faltar nesse meu kit existencial como a amizade...
Por exemplo: Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.
E por falar em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras: pausa e silêncio!
Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia, não importa e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é precisoe aí sim, tome a decisão que for preciso tomar.
Também abra espaço para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada - faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.
E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser
indissociáveis da vida: Sonhar e recomeçar! Sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça.
E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.
A vida nos dá um espaço de manobra, use-o para reinventar a si mesma.
E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu vocabulário a palavra Perfeição....
O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a profissional que sabe tudo, a namorada que tudo entende, a dona de casa impecável, e por aí vai.
Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

É ISSO AÍ!!!