28 maio 2009

e hoje, para substituí-lo, chamamos: Ninguém...

Na sala de reunião de uma empresa o Diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um ameaça: "Ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns baixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido: - Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? - O encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven? ... Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso... Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Walt Disney? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico? Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam do que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia só em reparar “seus GAPs”.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se um LÍDER ainda está focado somente em “melhorar as fraquezas de sua equipe” corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, e Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Quando o Zacarias dos Trapalhões morreu, ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos: Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível". Portanto nunca esqueça: Você é um talento único...
Com toda certeza ninguém te substituirá.
Pense nisso, pois, iniciar é preciso, mas algo só termina quando acaba.
Boa Semana com Saúde e Equilíbrio!

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