30 agosto 2007

Sebo virtual

Para quem gosta de ler, segue dica de um sebo virtual, de André Garcia. Vale a pena dar uma navegada.........................................

Sábio Jabor...

"Para conquistarmos algo na vida não é necessário, apenas, força ou talento; é preciso, acima de tudo, ter vivido um grande amor"
Arnaldo Jabor

28 agosto 2007

De olho na Telinha...O Poder do Marketing

O Poder do Marketing
Apesar do humor, precisamos ficar de olho no que as nas crianças assistem na telinha....

Duas crianças de oito anos conversam no quarto, o menino perguntou para a menina:
- O que você vai pedir no DIA DAS CRIANÇAS?
- Eu vou pedir uma Barbie. E você?
- Eu vou pedir um OB!
- OB? O que é isso?
- Nem imagino, mas na televisão dizem que com OB a gente pode ir a praia todos os dias, andar de bicicleta, andar a cavalo, dançar, ir ao clube, correr, fazer um montão de coisas legais, e o melhor... sem que ninguém perceba....

27 agosto 2007

Jeff Buckley exige dos ouvidos!

Li dia desses sobre Jeff Buckley e resolvi conferir o que se falava dele. Realmente ele acaba com a gente. É um som muito sério, romântico, e não sentimental; agressivo, e não pesado;
apaixonado, cool e sexy. E, depois de tudo isso, morreu jovem. Afogado nas águas do Mississippi. Ouvi o álbum Grace. “Lilac Wine” na voz do Buckley, não tem jeito.
A gente pensa na vida mesmo, até demais.



22 agosto 2007

Limite da Tolerância


"Se me perguntarem quem sou e o que faço, digo que sou um cartunista interessado na provocAÇÃO, inspirAÇÃO, inovAÇÃO e na transformAÇÃO das pessoas. Reflexão com ação. Só assim venceremos a mediocridade".
Por Luciano Pires
Anos atrás participei do lançamento de um produto para o mercado de autopeças. Era um conjunto satélite-planetária para os caminhões Mercedes-Benz, composto por engrenagens sofisticadas que funcionam dentro do eixo diferencial. Não demorou para começarmos a receber reclamações de campo. Nosso conjunto era “duro”. Os mecânicos montavam e ele não girava com a mão, ficando travado. Fomos sondar com os engenheiros da fábrica e veio a explicação: limite de tolerância. Toda engrenagem sai da linha de produção dentro de limites máximos e mínimos de dimensões. É coisa de fração de milímetros. Essa variação é chamada de “tolerância”. Qualquer peça dentro do limite de tolerância é considerada “normal”. Acontece que, quando você acopla duas engrenagens produzidas nas dimensões máximas do limite da tolerância, o conjunto fica muito apertado. Fica “duro”. O oposto também é verdadeiro, com o conjunto ficando “mole”. No entanto, dimensionalmente está tudo correto. O lance da tragédia da TAM me parece igual: as peças individuais estavam dentro dos limites de tolerância. O reversor desativado estava no limite da tolerância, a pista curta estava no limite da tolerância, a falta de ranhuras estava no limite da tolerância, a chuva estava no limite da tolerância, a quantidade de passageiros dentro do avião estava no limite da tolerância, a área de escape estava no limite da tolerância. Resultado da mistura dos limites de tolerância: tragédia. No entanto, os técnicos continuam dizendo que tudo estava dentro do “normal”. Aquela história de que o “livro da Airbus diz que o reversor pode ficar inativo por até dez dias”, é inesquecível. Dizem que também foi assim com o fatídico buraco do Metrô, também em São Paulo: tudo certinho, dentro dos limites de tolerância. Desabou. Nestes nossos dias de tecnologia quântica combinada com gerenciamento capenga, parece que jamais conseguimos ter a visão do todo. Cumprimos o que “o livro” diz, fazendo nossa parte, satisfeitos por estar dentro da normalidade. No limite da tolerância... Igualzinho ao gerente de finanças que corta todas as despesas “supérfluas”, mesmo que destrua reputações, processos e relacionamentos. O resultado é um desastre, mas o papel dele foi cumprido à risca... Igualzinho ao arquiteto que projeta um banheiro sem janelas. O resultado é um horror, mas o banheiro ficou lindo! Igualzinho ao advogado burocrata que cria dezenas de procedimentos e pareceres, liquidando com a capacidade de ação. O resultado para quem quer fazer acontecer é terrível, mas o advogado cumpriu a função dele direitinho. Igualzinho ao executivo que serve barrinhas de cereais no serviço de bordo. O serviço é horrível, mas a redução de custos é ótima. Igualzinho ao juiz que manda soltar o criminoso, cumprindo sua função de seguir à risca uma legislação torta. Igualzinho a autoridade que cria normas impedindo que os maus alunos sejam reprovados. O resultado é desastroso para a sociedade, mas ela cumpriu seu dever: nunca antes neste país tivemos um nível tão alto de aprovação escolar...E você deve conhecer mais dezenas de exemplos da aplicação do “limite de tolerância”, não é? Pois sabe o que é mais louco? É que a maioria absoluta dos que agem no “limite da tolerância” é composta de gente honesta, esforçada, bem intencionada até. Gente que é premiada por exercer suas funções direitinho, reduzindo os custos até os limites que o livro determina. Enquanto nossos medíocres dirigentes, executivos e catedráticos olharem apenas para os componentes, sem olhar para o sistema, sem entender as relações de causa e efeito entre os limites de tolerância, teremos isso que está aí: tudo certinho, resultando em tragédias. Tá na hora de questionar esses limites. Se não o limite de tolerância da tecnologia, ao menos o da nossa paciência.

Luciano Pires é jornalista, escritor, conferencista e cartunista. Faça parte do Movimento pela Despocotização do Brasil, acesse www.lucianopires.com.br.

20 agosto 2007

Momento Auto-Ajuda...Quem nunca teve um....

... que atire a primeira pedra! Enfim...lá vai... Coisas que a vida me ensinou depois dos 40 e...3!
Amor não se implora, não se pede, não se espera...Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros para você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna livres, leves e mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para a gente não explodir.
Ausência de regras, é uma regra que depende do bom senso.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam!


17 agosto 2007

Livros...companheiros inseparáveis...


image by Ziraldo

Numa dessas surpresas que a vida nos prepara, meus amigos, amigas e frequentadores do meu blog já sabem que fui literalmente obrigada a tirar férias forçadas (sim, sem
direito a viagem...somente nos sonhos) e encontro-me aqui, às 3h30 da matina, com uma tremenda insônia! E com vontade de escrever, pois esse repouso forçado me afastou do meu trabalho. Para quem não sabe, sou jornalista, ADORO escrever e ler.
Enfim, além de repousar, comer (aliás, acho que já engordei uns 5 quilos...afe), e encher o saco da minha empregada, coitada...já já ela pede demissão, consegui terminar alguns livros que estavam na mesinha ao lado da minha cama desde janeiro. É! admito que tudo na vida tem o seu lado bom! A leitura é fascinante, mesmo que, ao final de um livro, você se decepcione e coloque aquele exemplar bem no fundinho da prateleira e nunca mais o pegue para reler. Não importa! Eles são companheiros para todas as horas, te levam para mundos distantes, culturas diferentes, histórias inusitadas, situações sui generis...
Despertam seus sentidos, afloram as emoções e te levam para outra dimensão, onde uma linha muito tenue, separa a imaginação da realidade. A leitura amplia e diversifica nossas visões e interpretações sobre o mundo e a vida como um todo.
Observando meu filho adolescente, que herdou de mim o gosto pela leitura, penso que precisamos estar atentos a esta questão, pois a ausência da leitura bloqueia a possibilidade e acaba, de certa forma, nos excluindo dos acontecimentos, da interpretação, da imaginação e da ficção arquitetada, seja num romance ou num artigo; numa crônica ou num conto, numa poesia ou num manifesto, num jornal ou num ensaio, num gibi ou numa história infantil ou infanto-juvenil, enfim, são inúmeras as possibilidades de mergulhar no mundo da fantasia e da realidade encontradas no mundo das palavras. Vivemos numa época contemporânea onde as palavras rascunhadas no papel não têm muito valor. A literatura hoje é recurso dos mais ricos, acessível aos menos favorecidos, porém, pouco explorada de forma adequada. A leitura, no seu sentido geral, amplia nossos horizontes e nos transporta ao mundo da imaginação, sem contar os conhecimentos mil que acabamos adquirindo quando mergulhamos em universos desconhecidos. Acredito ser de suma importância desenvolver uma “cultura de leitura”, pois só assim seremos aprendizes e formadores de opinião em todo ambiente social e democrático que estivermos.

Em Tempo: Sou totalmente a favor da leitura digital...Hoje mesmo meu filho baixou dois livros pelo celular...mas... ainda...adoro pegar, cheirar e sentir nas mãos um exemplar impresso em papel pólen soft 70g!

As Sete Maravilhas

"As coisas mais preciosas não se podem comprar ou serem feitas pelo Homem"


07 agosto 2007

Respostas criativas às grandes questões

"Existem muitos gurus que sabem dar respostas criativas às grandes questões"
Comentário de Max Gheringer - Rádio CBN, falando sobre o mercado de trabalho, enviado por Beto Gomes.



Aqui vai um pequeno resumo da entrevista com o famoso Reynold Remhn:

Pergunta 1: Ainda é possível ser feliz num mundo tão competitivo?
Resposta: Quanto mais conhecimento conseguimos acumular, mais entendemos que ainda falta muito para aprendermos. É por isso que sofremos. Trabalhar em excesso é como perseguir o vento. A felicidade só existe para quem souber aproveitar agora os frutos do seu trabalho.

Pergunta 2: O profissional do futuro será um individualista?
Resposta: Pelo contrário. O azar será de quem ficar sozinho, porque se cair, não terá ninguém para ajudá lo a levantar-se.

Pergunta 3: Que conselho vc dá aos jovens que estão entrando no mercado de trabalho? Resposta: É melhor ser criticado pelos sábios do que ser elogiado pelos insensatos. Elogios vazios são como gravetos atirados em uma fogueira.

Pergunta 4: E para os funcionários que tem chefes centralizadores e perversos?
Reposta: Muitas vezes os justos são tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por mais poderoso que alguém pareça ser, essa pessoa ainda será incapaz de dominar a própria respiração.

Última pergunta: O que é exatamente sucesso?
Resposta: É o sono gostoso. Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando, ao mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça.

Belas e sábias respostas. Eu só queria me desculpar pelo fato de que não existe nenhum Reynold Remhn. Eu o inventei. Todas as respostas, embora extremamente atuais, foram retiradas de um livro escrito a 2.300 anos: o Eclesiastes, do Velho Testamento. Mas, se eu digo isso logo no começo, muita gente, talvez, nem tivesse interesse em continuar ouvindo. Ops...lendo!
Max Gheringer para a CBN.

01 agosto 2007

El jardín de senderos que se bifurcan




Cosmopolita e contraditória, dinâmica e tradicional, histórica e vanguardista! Buenos Aires é assim. E quem a conhece vai concordar comigo quando digo que esta metrópole tem personalidade própria, aberta à arquitetura, à cultura e à arte de todo o mundo. Tá certo que no me gusta mucho los argentinos! perdon chicos! Mas tratando-se desta cidade, jogo a toalha e me rendo. Bem portenha, Jorge Luiz Borges, homem de ficção literária e grande escritor, que revolucionou a prosa em castelhano, em um de seus contos intítulado "El jardín de senderos que se bifurcan", elucida bem a fusão do velho e do novo, sem perder o charme e todo romantismo que a cidade exala. Basta passear por Palermo Viejo, onde vive o espírito boêmio e criativo da cidade, e constatar uma mistura da arte do século passado com a arte moderna de vanguarda. Andando um pouco mais, San Telmo, com suas ruas de paralelepípedos, calçadas estreitas e casas coloniais, conserva muitas características da antiga Buenos Aires. É o bairro eleito por artistas e intelectuais, sede de importantes antiquários e galerias de arte. Lá, a feirinha aos domingos é imperdível! Bem ao estilo europeu, na Recoleta, além dos charmosos cafés e restaurantes, é fascinante suas galerias de arte, o Museu de Belas Artes, o Buenos Aires Design e a Casa onde nasceu Borges, que por influência da avó inglesa, foi alfabetizado em inglês e em espanhol, e hoje, uma fundação que abriga seus trabalhos. E como mulher, que adora também ir as compras rs, nada melhor do que andar na Florida de ponta a ponta, Corrientes, Cordoba afe! e ficar horas na Galerias Pacífico e, por fim, beber um café Mocca com um sanduíche de miga, e......depois devorar um cigarro (é, lá se pode fumar em qualquer lugar, sem preconceito)! E por falar em comida, o Puerto Madero, uma antiga zona de armazéns portuários, que há alguns anos foi remodelada, hoje, conta com restaurantes a beira do Río de la Plata, onde numa noite fria e estrelada, é um convite para um jantar a dois, saboreando um vinho e transbordando sensualidade! E cá para nós, uma cidade para se namorar! E milongueiro é o que não falta na por lá, Carlos Gardel que o diga! Basta ir até o Caminito, no La Boca, bairro pitoresco, tradicional dos primeiros imigrantes europeus, com suas casas multicoloridas, muita nostalgia em seus bares e muitos tangueiros.
Eu e um amigo, enquanto ouvíamos a terceira faixa do disco (vinil heim!) do Fundación Mitica de Buenos Aires, declamado pelo próprio Jorge Luis Borges, me disse o seguinte: "Penso em como Borges seria um excelente personagem de desenho animado: Um mister Magoo com interesses cabalísticos, que enfrentasse tigres com espelhos e punhais, desse bengaladas proféticas em jovenzinhos barulhentos e sorridentes, e passeasse aristocraticamente em tílbures sem cavalos (não, um Borges não usaria o termo carro - ou coche, ou paseo - para um automóvel) pelas ruas de uma Buenos Aires belle époque, parando e - demorando-se, quem sabe mecanicamente - diante de lojas envidraçadas vanguardistas em busca de relógios de areia, mapas e as primeiras edições de Robert Louis Stevenson".

Sobre Borges
Jorge Luis Borges nasceu em Buenos Aires no dia 24 de agosto de 1899. Em 1914 viajou com sua família para a Europa e se instalou em Genebra, onde cursou o ensino médio. Em 1919 mudou-se para a Espanha e aí entrou em contato com o movimento ultraísta. Em 1921 regressou a Buenos Aires e fundou com outros importantes escritores a revista Proa. Em 1923 publicou seu primeiro livro de poemas, Fervor de Buenos Aires. Desde essa época, adoece dos olhos, sofre sucessivas operações de cataratas e perde quase por completo a vista em 1955. Tempos depois se referiria à sua cegueira como "um lento crepúsculo que já dura mais de meio século". Desde seu primeiro livro até a publicação de suas Obras Completas (1974) transcorreram 50 anos de criação literária durante o qual Borges superou sua enfermidade escrevendo ou ditando livros de poemas, contos e ensaios, admirados hoje no mundo inteiro. Recebeu importantes distinções de diversas universidades e governos estrangeiros e numerosos prêmios, entre eles o Cervantes, em 1980. Sua obra foi traduzida em mais de 25 idiomas e levada ao cinema e à televisão. Prólogos, antologias, traduções, cursos e conferências testemunham a dedicação incansável desse escritor, que revolucionou a prosa em castelhano, como têm sido reconhecido por seus contemporâneos. Borges morreu em Genebra no dia 14 de junho de 1986.