29 março 2010

nem como jogo o BBB está ficando de pé!



“Por ser um programa sem roteiro”, disse Pedro Bial, os candidatos “às vezes fazem afirmações impensadas”. Que tipo de afirmação, Bial? O apresentador não disse, mas observou: “Não representam a posição da Globo”. Em relação ao quê, Bial? O apresentador não ousou dizer o nome, mas deu uma pista: a programação da emissora é orientada pelo “respeito à diversidade e a repulsa ao preconceito”.
Nunca na história de um programa de entretenimento, a Globo se viu obrigada a dirigir-se ao público de forma tão defensiva, pedindo desculpas pela insensatez dos “heróis” de Bial e Boninho. Teria ficado melhor na voz de William Bonner, mas o Chacrinha do BBB saiu-se bem, imprimindo um tom sério e grave ao “editorial” da empresa.
Para confundir ainda mais a cabeça do público, a dançarina Lia, assim que deixou o jogo, foi convidada por Bial a dizer o que ela mais desejava no momento: “Desejo que as pessoas vejam o BBB como a vida como ela é”. Boninho deve ter pulado da cadeira neste momento – afinal, o reality show global é apenas e exclusivamente um jogo, destinado a entreter o público e faturar.
Surpreendentemente, nesta reta final, nem como jogo o BBB está ficando de pé. Não vou me estender sobre a correria exibida nos últimos sete dias, dando a impressão que o objetivo é encerrar a brincadeira o quanto antes. Para muita gente é até um bálsamo saber que o fim está próximo.
Mas e o cuidado com a edição de coisas básicas? Num paredão entre Lia e Fernanda, Mr. Edição não mostrou uma única cena da conturbada relação das duas nestes 76 dias. Não seria interessante acompanhar esta historinha, marcada por alianças, depois desconfianças e, por fim, um ciúme violento de Lia? Não ajudaria o público a compreender o que estava em jogo na votação deste domingo?
A eliminação de Lia permitiu a Bial exercitar o sentimento que ele diz ser o mais importante em seu trabalho no BBB: a compaixão. Foi, de fato, comovente ver o apresentador consolando a dançarina, logo depois de termos ouvido Lia dizer que era uma pessoa muito solitária antes de entrar na casa e não é mais, depois de conhecer Cadu e Dourado. A vida como ela é...

Mauricio Stycer é repórter especial e crítico do UOL.


Agora vamos torcer pra Fernandinha, mocinha bonitinha, comportada, educada!!!!!

24 março 2010

Lamentávelllllllllll




É lamentável constatarmos o comportamento de algumas religiões que pregam a possibilidade do homem alcançar a serenidade e a sabedoria através da superação do egoísmo, da ignorância e dos desejos descontrolados como o budismo, que pediu a intervenção do governo do Sri Lanka para impedir a entrada de Akon, que iria realizar shows, por conta de protestos gerados por um de seus clipes, no qual aparece uma estátua de Buda enquanto mulheres vestidas de forma sensual dançam.

O rapper americano Akon tinha previsto atuar na ilha do Índico em abril, e o Governo tinha lançado um plano para atrair ao país seus fãs de toda Ásia. Um grupo de monges budistas tinha pedido previamente ao Governo o cancelamento da apresentação, alegando que o vídeo em questão contém cenas que denigrem o budismo. O clipe, da música "Sexy Bitch", do dj francês David Guetta e com participação especial de Akon, mostra um grupo de belas mulheres com roupas sensuais dançando ao som do rapper. Em um momento do vídeo, as moças, de biquíni, rodeiam Guetta e Akon, que estão sentados em uma poltrona junto a uma ensolarada piscina, enquanto ao longe pode ser vista a figura de um Buda.

Ao conhecer a notícia, Akon emitiu um comunicado no qual disse não saber sequer que havia uma estátua de Buda no cenário do vídeo, e lamentou a reação do Sri Lanka.

"Nunca tentaria ofender ou profanar a religião ou crenças religiosas de ninguém. Eu mesmo sou um homem espiritual, portanto posso entender que fiquem ofendidos, mas a violência nunca é a resposta", afirmou o cantor em comunicado publicado pela revista americana "Entertainment Weekly".


Yeeeehhhhhhhhhhhh

18 março 2010

Andy Warhol em Mr. America


Se há um hábito capaz de unir os diferentes estilos de vida do homem contemporâneo, é o consumo. Talvez essa não seja uma ideia revolucionária hoje. Mas nos anos 60, quando Andy Warhol apareceu no campo das artes reproduzindo em suas pinturas latas de sopa iguais às vendidas nos supermercados, era praticamente impensável elevar um mero produto comercial a símbolo de um valor universal: o poder de compra.

Warhol foi o primeiro artista a detectar – e de certa forma orientar – a mudança de valores rumo à sociedade do consumo e do espetáculo. Esse caminho está bem claro na exposição Mr. America, com início marcado para o dia 20 na Estação Pinacoteca em São Paulo. De tanto fabricar, manipular, distorcer e transformar ícones, Warhol tornou-se ele próprio um ícone. Rompeu a fronteira da arte com a vida cotidiana e mudou ambas.

Mr. America é a maior exposição de Andy Warhol (1928-1987) já apresentada no Brasil. Segundo o curador Philip Larratt-Smith, as 169 obras espalhadas pela Estação Pinacoteca, na região central de São Paulo, representam praticamente todos os aspectos do trabalho do artista. A diversidade pulsante de Warhol, muito mais além do tachado de promotor da pop arte, pode ser vista em 26 pinturas, 58 gravuras, 39 trabalhos fotográficos, duas instalações e 44 filmes. Organizada em colaboração com o The Andy Warhol Museum, em Pittsburgh, nos Estados Unidos, a exposição já foi exibida nas capitais da Colômbia e da Argentina.


Nem sempre é necessário conhecer a vida de um artista para apreciar sua obra. No caso de Andy Warhol, isso é fundamental. Ele vivia sua arte. Não apenas no sentido da dedicação (algo comum a quase todo grande artista), mas na percepção de que seu comportamento e sua imagem eram eles próprios manifestações artísticas. Nesse sentido, também, Warhol antecipou características fundamentais da vida moderna.


Ele estava certo!!!!
Warhol captou a essência dos dias atuais

REMIX
A ideia de usar um produto já célebre e lhe dar nova embalagem está no cerne da obra de Andy Warhol. A cultura de hoje está tomada por filmes, músicas, programas de televisão e ideias reciclados

MULTIMÍDIA
Warhol extrapolou os limites das diferentes expressões artísticas. Atuou como pintor, escultor, cineasta, produtor musical, escritor e apresentador de TV

CELEBRIDADES
Sua famosa frase “No futuro, todos serão famosos por 15 minutos” se concretizou. Além disso, Warhol negou o prestígio do artista recluso e se tornou também uma celebridade, como tantos artistas de hoje

CULTURA YOUTUBE
Os filmes produzidos na Factory usavam aparelhagem simples, e não atores. O ambiente era de democracia criativa, assim como no site de vídeos YouTube

MANIPULAÇÃO DA IMAGEM
Warhol pode ser considerado o precursor do Photoshop. Em um programa de TV, usou o computador Amiga para pintar um retrato da cantora Debbie Harry.



Nascido em 1928, Andy Warhol é considerado um dos principais nomes da pop art. O movimento teve seu auge na década de 1960, quando se estendeu da Inglaterra para os Estados Unidos.

A pop art caracteriza-se pela apropriação de imagens do universo do consumo (embalagens de produtos) e da cultura de massa (televisão, cinema, revistas de celebridades, quadrinhos e propaganda) como tema de suas obras. Ao mesmo tempo, faz uma critica a esta indústria que, na visão dos artistas, exercia poderosa influência na vida cotidiana das pessoas.

Warhol foi pioneiro em transformar produtos de consumo diário, como a sopa Campbell e o ketchup Heinz, em "estrelas". Também foi especialista em revelar o glamour banal que a reprodução ilimitada de imagens conferiu musas como Marilyn Monroe e Liz Taylor.

O artista também foi editor de revistas e criou programas de TV. Após uma cirurgia de rotina da vesícula biliar, Warhol morreu 22 de fevereiro de 1987.




MR. AMERICA - IMPERDÍVEL
Exposição de Andy Warhol
Estação Pinacoteca
Largo General Osório, 66, Luz, São Paulo, SP
Tel. (11) 3335-4990
Abertura no dia 20 de março, às 11 horas. Até o dia 23 de maio.
De terça-feira a domingo, das 10 horas às 17h30

10 março 2010

ChatRoulette

"roleta russa" virtual
O Chat Roulette, website que conecta estranhos ao vivo através de webcams, se popularizou nas últimas semanas. O serviço, que conecta desconhecidos em um chat com webcam, cresceu 45.700% nos últimos 3 meses, segundo o Alexa, que mede a audiência de sites.

O diferencial é que o Chatroulette tem o caráter surpresa: não é o usuário que escolhe com quem quer interagir. Como uma roleta – daí o nome “roulette” –, o serviço aleatoriamente escolhe alguém com quem o usuário vai conversar na tela. Caso não queira falar com o internauta que aparecer, basta clicar no botão “next” (próximo). Há ainda o botão “report”, para reportar abusos.
Porém, o Chatroulette tem seu lado bom e seu lado ruim. Em alguns acessos foi comum ver pessoas com partes íntimas à vista ou pedindo para mostrar algum órgão sexual. Pelo conteúdo inesperado, o site pode assustar os desavisados ou ser inadequado para menores de idade.
O lado bom é que o serviço, pela sua interatividade, também pode ajudar pessoas que estejam estudando línguas.

O fundador do Chatroulette, Andrey Ternovskiy, que tem 17 anos, alega que já recebeu 200 e-mails de empresas de capital de risco do Vale do Silício e propostas do Google e do Skype para visitar os Estados Unidos. De acordo com informações do "Der Spiegel", analistas estimam que o site valha algo em torno de 10 milhões de euros.



05 março 2010

Sentimentos em ação!





"Seja sincero. Boa parte da vida você aprendeu que devemos dar mais valor à razão do que à emoção. O ideal é saber separar a vida pessoal da profissional. E também sempre lhe disseram que os sentimentos deviam ser controlados e expressados de forma cuidadosa. Assim como eu, você já deve ter sentido uma enorme alegria em um dia qualquer, mas sei lá, é meio chato ficar demonstrando isso no trabalho, especialmente se o ambiente for meio sisudo, concorda? Então, logo por meio dessa introdução você e eu já quase concordamos que o negócio é deixar as emoções e os sentimentos de lado e focar naquilo que realmente interessa, certo?

Errado, muito errado na visão dos autores David R. Caruso e Peter Salovey, ambos da Yale University. Na obra "Liderando com Inteligência Emocional", publicada pela editora M. Books, os professores afirmam que as emoções são fontes de dados e absolutamente necessárias para a tomada de boas decisões. Elas são também fatores determinantes de sucesso na condução da sua carreira.

O livro expõe um esquema emocional fácil de usar e dividido em quatro etapas:

1. Identificando as próprias emoções e as alheias;

2. Utilizando as emoções no dia-a-dia e na solução de problemas;

3. Compreendendo as emoções para descobrir suas causas e formas de melhorar sua atuação no futuro;

4. Administrando as emoções, ou seja, aprender a usar os sentimentos a nosso favor nas mais variadas situações e inclusive a modificá-las de acordo com a ocasião.

O livro traz embasamento científico e vários exercícios. Também está longe de ser confundido com um manual de auto-ajuda. Observe a seguir como aquelas emoções que consideramos negativas, podem ser na verdade benéficas, desde que bem utilizadas.

A ansiedade sempre foi vista como um grande causador de stress e até de doenças. Na verdade, ansiedade em demasia faz muito mal à saúde. Contudo, na dose certa ela nos obriga a buscar novas decisões, analisar outros rumos e nos mantém alertas. O problema maior com a ansiedade é que o seu excesso gera preocupação em demasia e a sensação de que as coisas nunca chegam a um ponto ideal, consumindo grande parte de energia. Porém, a sua falta torna a pessoa totalmente relapsa. A ansiedade é um sentimento que não deve ser relegado a um segundo plano, mas controlado.

A famosa raiva é outro sentimento que queremos evitar a todo custo. Mas você já percebeu que a raiva normalmente surge diante das situações em que a injustiça predomina? A raiva é fundamental para detectarmos ações que não estão certas, ou que ferem os valores de uma boa convivência. Não querer sentir raiva de algo ou de alguém é como ir contra a própria natureza humana. A raiva ajuda a combater uma ameaça percebida e nos dá energia para corrigir uma situação injusta. Agora, sentir raiva e usá-la para uma situação positiva é uma coisa totalmente diferente de tornar-se uma pessoa raivosa que explode por qualquer coisa. Ninguém gosta de trabalhar com pessoas raivosas e descontroladas e nesse caso, é necessária a ajuda de um profissional.

O bom humor e o otimismo, todo mundo sabe, ajudam a enxergar com novos olhos situações que a princípio apresentam-se negativas, a enfrentar diversidades e a superar problemas. Mas esses dois amiguinhos, quando em excesso, nos tornam dispersivos, deixam-nos fora da realidade, utópicos e até mesmo tiram nosso foco em determinadas situações. Não dá para ficar de bom humor quando um projeto está com o cronograma todo atrasado. O bom humor excessivo nos torna desatentos aos detalhes, fazendo-nos imaginar que tudo está bem, quando na verdade não está. Por outro lado, o bom humor e o otimismo são características fundamentais para a carreira de vendas, por exemplo.

Como vimos, podemos ficar o dia inteiro dissecando e conversando sobre os mais variados sentimentos como: medo, confiança, felicidade, tristeza, surpresa, depressão, entre tantos outros. O importante é aprender que todos eles podem ser maléficos ou benéficos de acordo como são utilizados. O segredo, segundo os autores, é "ajustar o seu estilo de pensamento à emoção". É preciso aprender a relacionar os sentimentos às circunstâncias que vivenciamos.

Ignorar os próprios sentimentos e as emoções alheias pode ser a fonte das más decisões, por isso analisar as circunstâncias em que surgem é fundamental. É claro que devemos aliar razão e emoção. A atitude analítica é fundamental na tomada de decisões, mas podemos começar a partir de agora a exterminar de vez o preconceito em relação aos sentimentos no trabalho. As emoções, na verdade, são grandes oportunidades para que se possa extrair o melhor de cada pessoa, aliando o sentimento ao momento e assim aumentar as chances de sucesso e a motivação de uma equipe".


Paulo Araújo